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ASTEROIDES PODEM CHOCAR COM A TERRA EM 2040
Fim do mundo em 2040?
Por Mustafá Ali Kanso em 10.02.2013 as 23:59
Nem bem nos livramos da aporrinhação da Profecia Maia, já existe uma nova data
para a extinção da humanidade.
O ano fatídico é 2040 e será por colisão com asteroides.
Depois que o asteroide Apophis revelou-se inepto nessa apocalíptica tarefa de
aniquilar a vida em nosso planeta, outros vilões cósmicos entraram em cena:
Asteroide 2011-AG05 e
Asteroide 2012-DA14
O primeiro tem um tamanho interessante e o segundo baterá recordes de
aproximação da Terra, algo que se iniciará já no próximo dia 15 de fevereiro.
Mas vamos aos detalhes:
Asteroide 2011-AG5
Descoberto em janeiro de 2011 pelos astrônomos de Mount Lemmon Survey (Tucson,
EUA), possui cerca de 140 metros de diâmetro e foi considerado na época um
objeto de “alto risco”.
De acordo com Donald Yeomans, diretor do Programa de Observação de Objetos
Próximos da Terra (NEOs) do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena,
Califórnia nos EUA, a probabilidade de o 2011-AG5 colidir com a Terra, era de 1
para 625. E a data mais provável de tal acontecer, seria o dia 5 de fevereiro de
2040.
Foi agendada uma discussão, sobre um eventual plano de deflexão, que seria
debatido no decorrer da 49º sessão do Subcomitê Científico e Técnico do Comitê
das Nações Unidas acerca dos Usos Pacíficos do Espaço Exterior (COPUOS) em 2012
em Viena.
A Equipe de Ação das Nações Unidas (NU) responsável pelos objetos próximos da
Terra (NEOs) observou uma constante aproximação do asteroide e que (apesar de
remota) existe uma possibilidade de que o 2011-AG5 colidirá com a Terra dentro
de algumas décadas.
Apesar de conhecermos o seu tamanho, é ainda desconhecida sua composição e
massa.
Segundo o que Detlef Koschny, responsável pela Divisão de Missões do Sistema
Solar da Agência Espacial Europeia em Noordwijk, na Holanda, disse ao website
SPACE.com:
“2011-AG5 é o objeto que atualmente tem maiores hipóteses de colidir com Terra…
em 2040. No entanto, apenas observamos cerca de metade da sua órbita, desta
forma, a confiança nesses cálculos ainda não é muito alta.”
“Nas 14 discussões da nossa Equipe de Ação, concluímos, portanto, que não
podemos necessariamente chamar-lhe uma ameaça “real”. Para isso, idealmente,
deveríamos ter pelo menos uma, se não duas, órbitas completas observadas”.
A equipe de Koschny está atualmente colocando instituições como Observatório
Europeu do Sul ocorrentes da situação e esperam convencê-las de que este objeto
merece a atenção de alguns dos telescópios espaciais.
Asteroide 2012-DA14
Este foi descoberto no final de fevereiro de 2012 pelo Observatório Astronômico
de La Sagra, (Espanha). Mensurado aproximadamente com 45 metros de diâmetro e
massa em torno de 120 mil toneladas tem passado a maior parte de sua orbita bem
distante do nosso planeta aproximando-se paulatinamente a cada seis meses.
Em 15 de fevereiro de 2013 baterá um recorde de sua menor aproximação: cerca de
27 mil quilômetros. Apesar de ser uma distância bem pequena do ponto de vista
astronômico – inferior a dos satélites geoestacionários – as chances de impacto
contra a Terra são desprezíveis, estimada em zero na Escala Torino, que vai até
10.
No entanto, como suas aproximações são reiteradas de seis em seis meses, existe
alguma possibilidade futura de colisão com a Terra?
Em 15 de fevereiro de 2026, por exemplo, estima-se que a rocha passará a apenas
890 km de distância e em 2033 essa distância será ainda menor, de
512 km. Em 16
de fevereiro de 2040 o asteroide chegará ao menor valor previsto, de apenas
448
km – realmente passará raspando e poderá, de acordo com seu ângulo de
aproximação, atritar-se com a atmosfera favorecendo sua entrada.
No entanto, à medida que mais observações forem feitas novos resultados deverão
ser divulgados, aumentando ou diminuindo o risco de colisão.
No momento, a única afirmação correta é que não há qualquer chance de impacto
para fevereiro de 2013. Para os outros anos, ainda é muito cedo para qualquer
afirmação.
Por outro lado, mesmo que ocorra uma colisão desse asteroide com a Terra em
2040, devido a seu tamanho relativamente pequeno, não se projeta nenhum efeito
apocalíptico, para o desapontamento de muitos teóricos da conspiração que
poderão sofrer com a queda na venda de seus livros.
Eu, pessoalmente, cultivo esse ceticismo otimista e tipicamente brasileiro, a
ponto de postergar o início da construção de meu-bunker-de-fundo-de-quintal lá
pelo ano 2030.
E você leitor o que acha de tudo isso?
Fonte: http://www.jpl.nasa.gov/asteroidwatch/
(http://hypescience.com/fim-do-mundo-em-2040/)
Esse, sim, parece que terminará aqui.
Pois, se passa de seis em seis meses, cada vez mais perto, uma hora vai acertar.
O que está um pouco estranho é ele se aproximar em 13 anos, de 27.000 km para
890, e, em mais sete anos, só aproximar pouco mais de 300 km, e em mais 7 anos,
só 64 quilômetros.
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