AS ESTRELAS NÃO CAÍRAM
PELA TERRA
A QUEDA DAS ESTRELAS E A VOLTA DE JESUS
- 11/07/2001 -
A Bíblia fala da volta
de Cristo precedida de quedas de estrelas. Os adventistas do sétimo dia
afirmam que esse fenômeno ocorreu em 1833 e 1866. Todavia, o
conhecimento cosmológico atual já nos permite entender que a aparente
queda de milhares de estrelas não passou de fragmentos do cometa Tempel
Tuttle que se inflamaram em contato com a atmosfera terrestre.
O Apóstolo Mateus referiu-se a Cristo informando os sinais que
precederiam a sua volta: “Logo em seguida à tribulação daqueles dias, o
sol escurecerá, a lua não dará a sua claridade, as estrelas cairão do
firmamento e os poderes dos céus serão abalados.” (Mateus, 24: 29). E,
aos olhos de João, em sua visão do futuro do mundo, “as estrelas do céu
caíram pela terra, como a figueira quando abalada por vento forte lança
seus figos verdes.” (Apocalipse, 6:13).
Os adventistas do sétimo dia apresentaram a seguinte interpretação: a
tribulação seria um período, abrangendo de 538 a 1798 A.D., em que o
poder papal eliminava as pessoas que discordassem das doutrinas
católicas. O escurecimento do sol e da lua teria cumprimento no dia 19
de maio de 1780.
Mas o fenômeno mais comentado foi a queda de estrelas, que seria o
último sinal a anteceder a volta do salvador.
“‘Na noite de 12-13 de novembro de 1833, uma tempestade de estrelas
cadentes irrompeu sobre a Terra. A América do Norte recebeu o maior
impacto deste chuveiro de estrelas. Desde o Golfo do México até Halifax,
até que a luz do dia pusesse fim à exibição, o céu ficou assinalado em
cada direção com riscos brilhantes e iluminados com majestosas bolas de
fogo’- Agnes M. Clerk, History of Astronomy in the Nineteenth Century,
p. 328.
‘Provalvelmente o mais notável de todos os chuveiros meteorológicos que
já ocorreram na Terra tenha sido o de Leonids [na noite seguinte] de 12
de novembro de 1833. Algumas estações meteorológicas estimaram em pelo
menos 200.000 por hora durante cinco ou seis horas’ - C. A. Young,
Manual of Astronomy, p. 469.
Outra grande exibição de estrelas cadentes ocorreu no Velho Mundo em
1866.
...Mas a ciência, que dissipa tantos temores e prova tanta coisa
aparente, ilusória, e nada mais, neste caso não o fez’. - London Times,
15 de novembro (Quinta-feira) de 1866.” (O Apocalipse Revelado, Roy
Allan Anderson, págs. 84 e 85).
Não poderia haver fatos mais convicente para quem esperava o retorno de
Cristo no Século XIX. Hoje, entretanto, a visão dos fenômenos, dado o
avanço dos observatórios astronômicos, já é bastante diferente.
A ciência do Século XIX, na verdade, não estava capacitada para explicar
que as aparentes estrelas que caíram do firmamento eram simples
fragmentos do Cometa Tempel Tuttle, que se inflamam no choque com a
atmosfera terrestre.
Como o cometa passa a cada 33 anos, em 1998 o mistério ficou bem
esclarecido:
“Quem viu se encantou, quem não viu talvez não veja mais. O dilúvio de
estrelas cadentes que deixou gente de nariz para cima e olho arregalado
em novembro pode não se repetir nos próximos anos. Tudo porque Júpiter
está desviando o cometa Tempel Tuttle, a fonte dos fragmentos que
iluminaram o céu no dia 17 de novembro ... ‘O Tuttle deve passar cada
vez mais longe de nós’, disse à SUPER Daniel Green, da Universidade
Harvard.” (Superinteressante, dezembro de 1998, pág, 10).
“Dezembro de 1997
O Tempel Tuttle se aproximou da Terra e do Sol, como acontece a cada 33
anos”
“Fevereiro de 1998
Feito de gelo e poeira, ele se desmanchou sob o calor e deixou um rastro
de grãos de pó.
Novembro de 1998
A terra atravessou os resíduos, que se queimaram no choque com o ar. Foi
um show.” (Idem, pág. 11).
Não resta dúvida de que, “como acontece a cada 33 anos”, a Terra
atravessou os resíduos do cometa em 1833 e 1866, resultando no
maravilhoso espetáculo, extremamente mais intenso do que o de 1998, uma
vez que o cometa está passando ‘cada vez mais longe de nós’.
As estrelas do céu não caíram pela a terra como sonhou João (Apoc. 6:13)
e não cairão como escrito em Mateus 24: 29, como pensaram os
adventistas. Tal fenômeno, dada a proporção entre a terra e as estrelas,
seria comparável a colocar um mosquito no espaço e lançar sobre ele
todos os elefantes do mundo (João de Freitas Pereira, em
A
Farsa da Previsão do Futuro)